sexta-feira, 18 de junho de 2010

Audiodocumentário - O cenário independente em BH


Este audiodocumentário, ao contrário dos outros posts, não foi produzido para a disciplina de Cibercultura, e sim para a de Radiojornalismo. Sob orientação da professora Iara Franco, a produção é uma parceria com as colegas do Uni-duni-dani-de (Dani Rezende e Dê Niffinegger) e do Comuna Primitiva (Sara Souza e Lívia Arcanjo) e fala sobre música independente, em especial em Belo Horizonte. Este documentário também não é tão amador quanto o de vídeo (e um estúdio faz TODA a diferença). Decidi publicar neste espaço para que o trabalho tenha um alcance maior, além de que este blog me servirá de portifólio num futuro não muito distante. Confiram!



P.S.: Meus agradecimentos especiais ao Kiko Ferreira e aos meninos da Skacilds.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Documentário: Comemoração de Corpus Christi em Carmo do Cajuru


Depois de muito apanhar do Movie Maker e dos programas de conversão de áudio e das exatas 7 horas de luta contra o Youtube, consegui postar o documentário que mostrará um pouquinho das tradições da minha cidade natal.

Com mil desculpas por não ter cumprido o prazo de postagem (devido aos problemas tecnológicos de edição e à minha "imensa" habilidade para lidar com eles - Deus do céu, como isso dá trabalho!), espero que vocês gostem do resultado!

"De Cajuru para o mundo". Pra quando me perguntarem de onde eu sou, não dizerem mais: "Nunca ouvi falar!"

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Roteiro do documentário: Comemoração de Corpus Christi em Carmo do Cajuru


No documentário que será postado mais adiante, vocês vão conhecer um pouquinho da minha cidade, Carmo do Cajuru. Espero que gostem! Vai aí um esboço do que será tratado.

Sinopse
O documentário terá como tema a festa de Corpus Christi na cidade de Carmo do Cajuru. Mais especificamente, será relatada a procissão dos fieis para comemorar a data católica que este ano acontecerá no dia 03 de junho. O enfoque será dado aos tapetes de flores e cerragem feitos pela população da cidade nas ruas por onde passará a procissão. A confecção dos tapetes é uma tradição na cidade e mobiliza vários moradores para sua montagem e também para a procissão do Cristo durante a noite. O objetivo do documentário é ressaltar o trabalho desses fieis que se mostram verdadeiros artistas e que tem sua obra "destruída" durante o evento para qual a dedicam. Também será destacada a importância da data festiva para a história e cultura da cidade.

Roteiro
A abertura do documentário será com uma breve explicação do que é a comemoração de Corpus Christi, e para tal, também será ouvido o pároco da cidade Pe. Edilson Manoel. Em seguida, será feito o acompanhamento da confecção dos tapetes desde o seu início até o resultado final do trabalho. Assim, serão entrevistadas as pessoas envolvidas no trabalho, com enfoque à tradição com que o realizam. Também será entrenvistado um professor de história que falará sobre a importância da data festiva para o povo e a cultura. Por fim, será feito um breve relato da procissão em si e do momento da "destruição" dos tapetes. As entrevistas serão curtas para que possam ser ouvidas diferentes histórias dos fieis que participam da montagem dos tapetes. Apesar de tratar de uma festa católica, o documentário não destacará a religião mas sim a contribuição cultural da festa para a cidade.

Blocos
Abertura do documentário: título do documentário com imagens e fundo musical.
Bloco 01: imagens dos tapetes, áudio em off sobre o que é a comemoração de Corpus Christi e entrevista com Pe. Edilson.
Bloco 02: Vídeos da confecção dos tapetes e entrevistas com os envolvidos no processo.
Bloco 03: entrevista em vídeo com professor de história.
Bloco 04: breve vídeo da procissão com fundo musical.
Fechamento: créditos com fundo musical.

Conteúdos informativos
Música, imagens, narração em off e entrevistas.

Duração
Abertura - bloco 01 (áudio em off e entrevista): aproximadamente 1 minuto.
Bloco 02 - bloco 03 (vídeos e entrevistas): aproximadamente 2 minutos.
Bloco 04 (vídeo e música) - fechamento: aproximadamente 1 minuto.

Desenvolvimento
Descrição do tema, histórias, entrevistas complementares.
Entrevistados: pároco da cidade, envolvidos na cofecção dos tapetes, professor de história.

Cronograma
- 03/05: Vídeos, entrevistas com envolvidos na confecção do tapete e com o pároco
- 04/05: Entrevista com o professor de história.
- 06/05: Gravação do áudio em off.
- 07/05 a 13/05: Edição.

Espero conseguir cumprir o conograma e poder contar com a colaboração de todos os "futuros entrevistados" citados. Aguardem o resultado!

domingo, 30 de maio de 2010

"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade não sente esta sede."

 (Carlos Drummond de Andrade)

A julgar pelo movimento da Segunda Bienal do Livro de Minas, Drummond não estava completamente certo. O evento que aconteceu do dia 14 ao 23 deste mês reuniu visitantes de diferentes faixas etárias e interesses.

A criançada se divertiu durante a Bienal

O público infantil se fez muito presente na Bienal. Por todos os lados se via crianças folheando livros e ouvindo histórias. Ana Clara Braga de 09 anos, disse que ama ler, e que por isso foi ao evento. Ouça o depoimento da menina que entende de literatura "como gente grande".


A professora de Língua Portuguesa Maria das Dôres Ferreira, de 49 anos, por exemplo, "além da questão cultural",  esteve na Bienal para comprar livros para a escola onde trabalha, na cidade de Carmo do Cajuru, interior do estado. Segundo ela, o Governo do Minas disponibilizou uma verba de R$1.000,00 para a compra de livros para as escolas estaduais que fizessem o cadastro para a visita ao evento. No entanto, a Bienal só recebia alunos de BH ou da região metropolitana, e seus alunos não puderam fazer a visita.  Contudo, Maria das Dôres ficou como professora responsável por fazer a compra dos livros. "Comprei toda a coleção da Thalita Rebouças, a saga Crepúsculo e alguns livros de suspense, que são os que os alunos de Ensino Fundamental e Médio preferem ler, mas os livros estão muito caros. Já gastei quase todo o dinheiro", disse.  

A estudante de Jornalismo Cláudia Santos, de 37 anos também achou o preço dos livros salgado. Ela disse tem o hábito de comprar muitos livros e que os preços da Bienal estavam iguais aos da livraria. "Eu amo ler. Vivo em sebo, livraria e não estou vendo diferença nos preços. Não está compensando não", afirma indignada.

Célia Soares, de 49, discorda.  Para ela só é preciso pesquisar preços. "Tem estantes com promoções fantásticas. Uma pessoa que está comigo encontrou o mesmo livro por R$70,00 e por R$9,90. Qualquer um pode comprar e tem muito livro bom." Em algumas estantes haviam livros de até R$1,00 e livros infantis com CD's na faixa de R$3,00 a R$6,00.

 Leitura para todos: livros a preço de bala

A feira de livros serviu de palco para diversas atrações. Sofia Belém, de 10 anos, aproveitou a Bienal para lançar o seu primeiro livro. A garota disse que um dia acordou com vontade de escrever um livro e começou o projeto, que durou seis meses. Sofia escolheu a bienal para o lançamento porque acredita ser "um evento interessante que reúne vários livros" e que lá muitas pessoas iriam comprar o seu livro. Veja o que ela conta sobre a história cheia de imaginação que se chama "Uma viagem inesquecível".

  Sofia exibe sorridente sua primeira obra

Outras atrações diversas ocorreram na Feira do Livro. Um grupo teatral composto por uma atriz, dois músicos e um mímico apresentava um espetáculo chamado "Histórias de além mar" e atraía a atenção não só das crianças, mas também dos seus pais e de quem mais passasse pelo "Circo das letras". A Atriz Márcia Valéria, 47 anos, que quando criança participou do espetáculo "Os Saltimbancos" conta como é gratificante o seu trabalho. "Nos intervalos, as pessoas vem nos cumprimentar, dizendo que estão encantadas. As crianças nos abraçam. O povo mineiro é muito caloroso", diz.

Grupo teatral atraiu olhares de todos

Outra atração bastante interessante foi a contadora de histórias Sandra Bittencourt. Ela que também é coordenadora da estante "Conta Conta e Brinca", dedicada ao público infantil, contava histórias  juntamente com um músico e fazia adivinhas que envolviam a criançada. A Segunda Bienal do Livro de Minas trouxe a Belo Horizonte não só a cultura vinda dos meios impressos, mas também de toda forma de arte. Fiquem agora com a história "A princesa que tudo sabia, menos uma coisa",  contada por Sandra.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Leitura complementar para o seminário de Cibercultura e Jornalismo Digital


Para aqueles que querem exercer sua cidadania online e também para quem quer aprofundar os conhecimentos em Cibercultura.

A democracia digital e o problema da participação civil na decisão política – Wilson Gomes

O modelo atual de democracia representativa configurou uma sociedade (ou esfera civil) afastada da esfera de decisão política. Nele, a esfera civil acaba por ter como única função formar e autorizar a esfera política nas eleições, enquanto esta tem como função principal produzir a decisão política na forma de lei e na forma de decisões de governo. Isso significa, de algum modo, a crise de um padrão simbólico da experiência democrática que pretende que o cidadão, o povo, a esfera civil, em suma, seja aquele que governe.

Com a internet, a democracia digital surge como uma alternativa para aproximar essas duas esferas. Através da Rede seria possível uma relação entre sociedade e esfera de decisão política sem o intermédio da esfera econômica, das indústrias de entretenimento e da cultura e da informação de massa que controlam o fluxo da informação. A esfera civil não seria apenas o consumidor de informação política, haveria a possibilidade de que ela também produzisse informação política para o seu próprio consumo e para o provimento da sua decisão. Além de tudo, a participação política se tornaria mais fácil, ágil e confortável. Essa aproximação se dá quando através da internet o cidadão tem acesso aos serviços públicos; quando o Estado, os partidos e os demais representantes prestam informações online; ou até mesmo quando há discussão pública de projetos importantes, frequentemente provenientes do Executivo.

Em suma, a democracia digital deve assegurar a participação do público nos processos de produção de decisão política através de debate e deliberação. Por outro lado, apenas o acesso à internet não é capaz de assegurar o incremento da atividade política, menos ainda da atividade política argumentativa. As discussões políticas on-line, embora permitam ampla participação, são dominadas por uns poucos, do mesmo modo que as discussões políticas em geral. Apesar das enormes vantagens, a comunicação on-line não garante instantaneamente uma esfera de discussão pública justa, representativa, relevante, efetiva e igualitária. Porém, isso não quer dizer, por outro lado, que não se devam explorar ao extremo todas as possibilidades democráticas que a internet comporta.
A febre dos blogs de política – Alessandra Aldé, Juliana Escobar e Viktor Chagas

Durante a crise do Mensalão, em 2005, os blogs de Política, principalmente os de jornalistas conhecidos pela mídia (por serem considerados de maior credibilidade) tornaram- se lugar para discussão e tomada de posição pública. Com os escândalos, não só os mais ativos se interessaram por política, mas também os cidadãos menos interessados. Através de seus blogs, jornalistas e colunistas dos principais veículos trocam comentários entre si, mas geralmente não tomam partido nas polêmicas levantadas (elas geralmente são lançadas e alimentadas pelos próprios internautas). Esses blogs são um excelente meio para o debate político, no entanto, as vozes racionais geralmente se perdem em meio aos discursos apaixonados. Os debates neles gerados estão mais voltados para a formação complementar de opiniões do que para o debate decisório que ocupa foros políticos institucionais como o parlamento. Os leitores estão mais preocupados em opinar do que em deliberar, procurar soluções de interesse público. Entretanto, são espaços em que os receptores podem se tornar emissores, constituindo uma democracia.

P.S.: Os textos na íntegra você confere nos links abaixo.
http://revcom2.portcom.intercom.org.br/index.php/fronteiras/article/view/3120/2930
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/view/3257/3084

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Se o leitor não vai à noticia, a notícia vai ao leitor


Este é o princípio dos dispositivos RSS. O recurso possibilita a sites e blogs divulgarem seus conteúdos sem que para isto os leitores precisem acessar suas páginas. Através de um programa leitor, o usuário adiciona o link do feed (ou RSS) que é armazenado e exibido na interface do software ou site que disponibiliza este artifício.

Para comparar os serviços oferecidos pelos sites e softwares, insatalei o leitor FeedReader e acompanhei também as notícias através do Google Reader. O que mais me chamou a atenção foram as sugestões de feeds de vários sites que não costumo visitar. Por meio deles tive acesso a informações que, caso precisasse acessar a página, talvez nunca chegariam até mim. Essas sugestões foram mais interessantes no FeedReader, já que eram sugestões de sites internacionais. Por outro lado, como o Google Reader é uma ferramenta online, também é uma ótima alternativa para quem não gosta de instalar programas no computador.

As sugestões dos sites me agradaram tanto que resolvi baixar um aplicativo em português só para ver se os sites sugeridos seriam muito diferentes daqueles disponibilizados pelo Google Reader. Fiz o download do Leitor de Notícias, que tem o funcionamento muito parecido com o do Feed Reader, e é uma boa saída para quem não domina o inglês (que é quase o meu caso).

Um prático recurso do Google Reader são os gupos de interesse. Com eles, é possível reunir as notícias por assunto, o que é excelente quando não se quer ler sobre tudo, mas apenas matérias específicas. Outro artifício curioso é a interação com os outros aplicativos Google, ou seja, através do reader pode-se acessar o Gmail, o Blogger, entre outros. É ideal para quem utiliza esses serviços. Por outro lado, é interessante ter um software no computador para receber as notícias sem precisar visitar nenhum site. Neste ponto, os créditos vão para o FeedReader e para o Leitor de Notícias.

A quantidade de informações disponibilizadas e a frequencia com que elas chegam até os leitores RSS é impressionante. Assim, para comunicar as atualizações, a janelinha do FeedReader "pisca" a todo momento , o que me dá uma angústia sem tamanho e por isso a minha preferência é pelo Google Reader.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

"O jornal (impresso) é sem graça."


Foi o que disse o jornalista Bruno Furtado, do site Superesportes - Portal UAI , durante uma conversa sobre a cobertura esportiva online com os estudantes do quarto período de Jornalismo da PUC Minas. O ex-aluno da Universidade trabalha no site desde 2000 e justifica que, atualmente,  ao contrário do que acontece na Internet (onde há possibilidade de criação de conteúdo ilimitado e de atualização instantânea), os veículos tradicionais, embora ainda importantes, não conseguem fazer uma cobertura completa dos acontecimentos.

As vantagens do jornalismo online não param por aí. Segundo Bruno, às vezes é frustrante para um jornalista recém-formado trabalhar com esportes no jornal impresso, mas não na web. "Estagiário de internet é repórter. Já no jornal, ele apenas apura algumas coisas." Para o jornalista, que trabalha em um site criado em 1998 a partir de um jornal impresso (Estado de Minas),  o jornalismo online é hoje um importante aliado do impresso. Os repórteres dos dois veículos saem juntos para apurar, e, "muitas vezes o repórter de impresso nem vai ao local, apenas resume as matérias do repórter de internet." Todavia, conforme Bruno, essa realidade abre margem para o que ele chama de "picaretas do esporte". Segundo ele, jornalistas de outros veículos sequer se dão ao trabalho de resumir as matérias e as publicam da mesma maneira com que as encontram na internet. "E a gente nem leva crédito por isso. É preciso acabar com esses picaretas do esporte."

Bruno Furtado conta ainda que no Superesportes, juntamente com um estagiário, ele chega a produzir até dezoito matérias por dia. E diz: "Eu gosto muito de ser jornalista, trabalhar com internet e com esporte, mas a gente não é valorizado (financeiramente). Às vezes dá vontade de jogar tudo pro alto." Ele faz essa ressalva devido ao fato de não haver hierarquia na web. Segundo ele, além de cobrir o Cruzeiro, ele também faz edição de matérias, cobre outros esportes e faz alguns trabalhos de produtor, embora não receba mais por isso.

Para quem gosta de esporte, vale a pena conferir o trabalho desse "multiprofissional". É inegável que os veículos impressos jamais conseguirão acompanhar o ritmo de produção e atualização de notícias dos sites e que a internet é, sem dúvida, um excelente meio de informação instantânea e de qualidade. No entanto, particularmente, ainda vejo graça nos jornais impressos. Graça e charme.

domingo, 28 de março de 2010

Que calor!


As elevadas temperaturas na capital mineira têm tornado o dia-a-dia na cidade impraticável. No exato momento em que escrevo esta postagem, o termômetro do meu computador marca 28º em Belo Horizonte (o que pode ser considerado alto por se tratar de uma temperatura noturna). No entanto, há quem parece não se incomodar com o calor. Na última sexta-feira (26/03), quando voltava da faculdade, presenciei de dentro do ônibus uma cena no mínimo curiosa: um senhor de idade aparentemente avançada vestia três (isso mesmo! Três!) camisas sobrepostas sob o sol escaldante da uma da tarde no centro de BH. O tal senhor caminhava com uma sacola laranja e um guarda-chuva (escondido debaixo da última camisa).

Calor? Que nada! Uma camisa é pouco!

Pode-se notar claramente a camisa xadrez azul, a de listras vermelhas, e por baixo dessas duas, a camiseta amarela. O cabo do guarda-chuva que ele levava também pode ser visto logo acima da sacola laranja. Repara-se ainda, atrás deste senhor, um homem com uma camisa de botões semi-aberta, provavelmente por causa da alta temperatura.

Um pouco mais ao sul da capital, na praça da Assembleia, no mesmo dia e uma hora mais tarde, o comportamento de quem passava por ali era diferente. Moradores de rua que vivem no local utilizavam a torneira do chafariz temporariamente desativado para lavarem as suas roupas. Com o auxílio de uma mangueira e baldes, eles aproveitavam para se refrescar.

Quem não tem onde morar, lava a roupa na praça
Vale também lavar o pé e se refrescar

Ainda nessa região, por volta das seis da tarde, quem passava pela praça trajava roupas curtas e leves, embora já não mais houvesse sol. Os que buscam saúde e forma física, preferem fazer as suas atividades desse horário em diante: Tudo para fugir do sol e abrandar o calor.

Caminhada só depois do pôr-do-sol

Quanto calor! E nos ambientes fechados? A alternativa para amenizar os efeitos das altas temperaturas tem sido o ar condicionado. Na Assembleia Legislativa, onde grande parte dos deputados e trabalhadores trajam terno, é a única solução, apesar de não ser  muito saudável para os alérgicos.

Ar condicionado facilita o cotidiano da ALMG

Belo Horizonte está realmente muito quente nos últimos tempos. Para quem pode sair de casa, a dica é tomar um sorvete, água de côco ou curtir uma piscina. Pra quem não tem esse privilégio, só resta mesmo o bom e velho ar condicionado, o ventilador ou até mesmo o leque que não está muito na moda mas, para quem tem coragem de usar, é chique.


Para quem se interessou pelas fotografias (e para a Dani Serra): Procurei não fotografar e não destacar os rostos dos personagens, já que não pedi autorização para fazer e nem publicar as fotos. Já que elas foram feitas de longe ou de dentro do 4110, "dei zoom" e fiz um recorte na parte que mais me interessava. Como eu sou quase uma "tecnofóbica", os programas de edição que eu utilizei foram o Paint e o Microsoft Office Picture Manager (esses mesmos que tem aí no seu computador! Nada de muito sofisticado) e com eles compactei as imagens, fiz os recortes, realcei as cores (com brilho e contraste) e coloquei uma borda branca - que quase não aparaceu porque o fundo de postagem do blog é branco (quanta lerdeza minha!).

quarta-feira, 3 de março de 2010

Do armazenamento ao compartilhamento


Grande quantidade de informações, rápida difusão, largo alcance, agilidade de comunicação... Durante algum tempo esses foram os principais responsáveis pelo grande número de adeptos à Internet. Na chamada Web 1.0, apesar de já existirem os hiperlinks, os aplicativos eram fechados e o usuário não passava de espectador, ou seja, não podia alterar seu conteúdo. Era basicamente um espaço de leitura, não havia muita interatividade. Os elementos mais utilizados desse tipo de web eram os e-mails e os correios de mensagem instantâneas. Um exemplo de Web 1.0 é o site www.terra.com.br. Os vários temas nele disponíveis, como notícias diversas, vídeos e jogos podem ser acessados pelos usuários somente de forma linear, num fluxo unidirecional: a informação parte do site para o internauta, mas não retorna do internauta para o site.

Na Web 2.0, a busca dos usuários já não é mais principalmente pela rapidez e capacidade de armazenamento e sim pelo compartilhamento de informações e pela colaboração. Nela o internauta, que antes era um mero leitor, passa a ser também um colaborador que produz e altera conteúdos livremente. Essa abertura da web 2.0 é representada principalmente pelas redes sociais, fóruns de discussão e compartilhamento de arquivos e informações. Um típico produto da Web 2.0 é o www.wikipedia.org, uma enciclopédia online onde todo e qualquer usuário pode enviar a sua contribuição sobre qualquer assunto, o que aumenta a quantidade de informações disponíveis para pesquisa, embora também exista muita informação inútil. Essa liberdade de produção e de diálogo entre usuários proporciona uma elevação do nível de qualidade da Internet e aumenta a procura pelo serviço, como pode ser observado em uma pesquisa do IBGE (divulgada pela Folha Online de 11 de dezembro do ano passado) que aponta que entre 2005 e 2008 o número de usuários da Rede no Brasil cresceu 75,3%.

A chegada da Web 2.0 também trouxe consigo o conceito de Jornalismo 2.0. A produção de notícias online que, anteriormente, era realizada por um pequeno número de jornalistas gabaritados para um leitor distante, passou a ser feita com a colaboração desses leitores. Assim, uma notícia passou a ter não apenas um, mas vários autores que vão construindo as matérias em tempo real e relacionando-as com vários assuntos, o que acaba por tornar essas notícias menos perecíveis, ou seja, mais duradouras. Esse tipo de jornalismo possibilita uma interação com o leitor que não está distante, e sim é participante do processo. O www.overmundo.com.br é uma ilustração desse novo Jornalismo Digital. Neste endereço, o usuário encontra um blog, um banco de cultura e outros aplicativos com espaço para leitura, para qualquer tipo de produção própria e para compartilhar informações diversas.

Entretanto, essa liberdade proporcionada pela web 2.0 implica em uma “crise da credibilidade das informações”, principalmente quando se trata do Jornalismo Colaborativo. O desvínculo das fontes oficiais, a autoria coletiva e a liberdade absoluta de produção de conteúdo fazem com que muitas informações não verídicas sejam encontradas na Internet. Contudo, essa é uma questão que envolve não só a Rede, mas sim todo o discernimento ético que se deve ter diante de uma livre escolha.


Referências bibliográficas: http://marcogomes.com/blog/2005/sobre-a-web-20/
http://eduspaces.net/scarr/files/6472/14565/Web+2.0.doc
http://espig.blogspot.com/2007/10/web-20-mdulo-2-o-legado-da-web-10-e-as.html
http://www.blogger.com/goog_1267656550920
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u665128.shtml