domingo, 28 de março de 2010

Que calor!


As elevadas temperaturas na capital mineira têm tornado o dia-a-dia na cidade impraticável. No exato momento em que escrevo esta postagem, o termômetro do meu computador marca 28º em Belo Horizonte (o que pode ser considerado alto por se tratar de uma temperatura noturna). No entanto, há quem parece não se incomodar com o calor. Na última sexta-feira (26/03), quando voltava da faculdade, presenciei de dentro do ônibus uma cena no mínimo curiosa: um senhor de idade aparentemente avançada vestia três (isso mesmo! Três!) camisas sobrepostas sob o sol escaldante da uma da tarde no centro de BH. O tal senhor caminhava com uma sacola laranja e um guarda-chuva (escondido debaixo da última camisa).

Calor? Que nada! Uma camisa é pouco!

Pode-se notar claramente a camisa xadrez azul, a de listras vermelhas, e por baixo dessas duas, a camiseta amarela. O cabo do guarda-chuva que ele levava também pode ser visto logo acima da sacola laranja. Repara-se ainda, atrás deste senhor, um homem com uma camisa de botões semi-aberta, provavelmente por causa da alta temperatura.

Um pouco mais ao sul da capital, na praça da Assembleia, no mesmo dia e uma hora mais tarde, o comportamento de quem passava por ali era diferente. Moradores de rua que vivem no local utilizavam a torneira do chafariz temporariamente desativado para lavarem as suas roupas. Com o auxílio de uma mangueira e baldes, eles aproveitavam para se refrescar.

Quem não tem onde morar, lava a roupa na praça
Vale também lavar o pé e se refrescar

Ainda nessa região, por volta das seis da tarde, quem passava pela praça trajava roupas curtas e leves, embora já não mais houvesse sol. Os que buscam saúde e forma física, preferem fazer as suas atividades desse horário em diante: Tudo para fugir do sol e abrandar o calor.

Caminhada só depois do pôr-do-sol

Quanto calor! E nos ambientes fechados? A alternativa para amenizar os efeitos das altas temperaturas tem sido o ar condicionado. Na Assembleia Legislativa, onde grande parte dos deputados e trabalhadores trajam terno, é a única solução, apesar de não ser  muito saudável para os alérgicos.

Ar condicionado facilita o cotidiano da ALMG

Belo Horizonte está realmente muito quente nos últimos tempos. Para quem pode sair de casa, a dica é tomar um sorvete, água de côco ou curtir uma piscina. Pra quem não tem esse privilégio, só resta mesmo o bom e velho ar condicionado, o ventilador ou até mesmo o leque que não está muito na moda mas, para quem tem coragem de usar, é chique.


Para quem se interessou pelas fotografias (e para a Dani Serra): Procurei não fotografar e não destacar os rostos dos personagens, já que não pedi autorização para fazer e nem publicar as fotos. Já que elas foram feitas de longe ou de dentro do 4110, "dei zoom" e fiz um recorte na parte que mais me interessava. Como eu sou quase uma "tecnofóbica", os programas de edição que eu utilizei foram o Paint e o Microsoft Office Picture Manager (esses mesmos que tem aí no seu computador! Nada de muito sofisticado) e com eles compactei as imagens, fiz os recortes, realcei as cores (com brilho e contraste) e coloquei uma borda branca - que quase não aparaceu porque o fundo de postagem do blog é branco (quanta lerdeza minha!).

quarta-feira, 3 de março de 2010

Do armazenamento ao compartilhamento


Grande quantidade de informações, rápida difusão, largo alcance, agilidade de comunicação... Durante algum tempo esses foram os principais responsáveis pelo grande número de adeptos à Internet. Na chamada Web 1.0, apesar de já existirem os hiperlinks, os aplicativos eram fechados e o usuário não passava de espectador, ou seja, não podia alterar seu conteúdo. Era basicamente um espaço de leitura, não havia muita interatividade. Os elementos mais utilizados desse tipo de web eram os e-mails e os correios de mensagem instantâneas. Um exemplo de Web 1.0 é o site www.terra.com.br. Os vários temas nele disponíveis, como notícias diversas, vídeos e jogos podem ser acessados pelos usuários somente de forma linear, num fluxo unidirecional: a informação parte do site para o internauta, mas não retorna do internauta para o site.

Na Web 2.0, a busca dos usuários já não é mais principalmente pela rapidez e capacidade de armazenamento e sim pelo compartilhamento de informações e pela colaboração. Nela o internauta, que antes era um mero leitor, passa a ser também um colaborador que produz e altera conteúdos livremente. Essa abertura da web 2.0 é representada principalmente pelas redes sociais, fóruns de discussão e compartilhamento de arquivos e informações. Um típico produto da Web 2.0 é o www.wikipedia.org, uma enciclopédia online onde todo e qualquer usuário pode enviar a sua contribuição sobre qualquer assunto, o que aumenta a quantidade de informações disponíveis para pesquisa, embora também exista muita informação inútil. Essa liberdade de produção e de diálogo entre usuários proporciona uma elevação do nível de qualidade da Internet e aumenta a procura pelo serviço, como pode ser observado em uma pesquisa do IBGE (divulgada pela Folha Online de 11 de dezembro do ano passado) que aponta que entre 2005 e 2008 o número de usuários da Rede no Brasil cresceu 75,3%.

A chegada da Web 2.0 também trouxe consigo o conceito de Jornalismo 2.0. A produção de notícias online que, anteriormente, era realizada por um pequeno número de jornalistas gabaritados para um leitor distante, passou a ser feita com a colaboração desses leitores. Assim, uma notícia passou a ter não apenas um, mas vários autores que vão construindo as matérias em tempo real e relacionando-as com vários assuntos, o que acaba por tornar essas notícias menos perecíveis, ou seja, mais duradouras. Esse tipo de jornalismo possibilita uma interação com o leitor que não está distante, e sim é participante do processo. O www.overmundo.com.br é uma ilustração desse novo Jornalismo Digital. Neste endereço, o usuário encontra um blog, um banco de cultura e outros aplicativos com espaço para leitura, para qualquer tipo de produção própria e para compartilhar informações diversas.

Entretanto, essa liberdade proporcionada pela web 2.0 implica em uma “crise da credibilidade das informações”, principalmente quando se trata do Jornalismo Colaborativo. O desvínculo das fontes oficiais, a autoria coletiva e a liberdade absoluta de produção de conteúdo fazem com que muitas informações não verídicas sejam encontradas na Internet. Contudo, essa é uma questão que envolve não só a Rede, mas sim todo o discernimento ético que se deve ter diante de uma livre escolha.


Referências bibliográficas: http://marcogomes.com/blog/2005/sobre-a-web-20/
http://eduspaces.net/scarr/files/6472/14565/Web+2.0.doc
http://espig.blogspot.com/2007/10/web-20-mdulo-2-o-legado-da-web-10-e-as.html
http://www.blogger.com/goog_1267656550920
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u665128.shtml