sexta-feira, 9 de abril de 2010

Se o leitor não vai à noticia, a notícia vai ao leitor


Este é o princípio dos dispositivos RSS. O recurso possibilita a sites e blogs divulgarem seus conteúdos sem que para isto os leitores precisem acessar suas páginas. Através de um programa leitor, o usuário adiciona o link do feed (ou RSS) que é armazenado e exibido na interface do software ou site que disponibiliza este artifício.

Para comparar os serviços oferecidos pelos sites e softwares, insatalei o leitor FeedReader e acompanhei também as notícias através do Google Reader. O que mais me chamou a atenção foram as sugestões de feeds de vários sites que não costumo visitar. Por meio deles tive acesso a informações que, caso precisasse acessar a página, talvez nunca chegariam até mim. Essas sugestões foram mais interessantes no FeedReader, já que eram sugestões de sites internacionais. Por outro lado, como o Google Reader é uma ferramenta online, também é uma ótima alternativa para quem não gosta de instalar programas no computador.

As sugestões dos sites me agradaram tanto que resolvi baixar um aplicativo em português só para ver se os sites sugeridos seriam muito diferentes daqueles disponibilizados pelo Google Reader. Fiz o download do Leitor de Notícias, que tem o funcionamento muito parecido com o do Feed Reader, e é uma boa saída para quem não domina o inglês (que é quase o meu caso).

Um prático recurso do Google Reader são os gupos de interesse. Com eles, é possível reunir as notícias por assunto, o que é excelente quando não se quer ler sobre tudo, mas apenas matérias específicas. Outro artifício curioso é a interação com os outros aplicativos Google, ou seja, através do reader pode-se acessar o Gmail, o Blogger, entre outros. É ideal para quem utiliza esses serviços. Por outro lado, é interessante ter um software no computador para receber as notícias sem precisar visitar nenhum site. Neste ponto, os créditos vão para o FeedReader e para o Leitor de Notícias.

A quantidade de informações disponibilizadas e a frequencia com que elas chegam até os leitores RSS é impressionante. Assim, para comunicar as atualizações, a janelinha do FeedReader "pisca" a todo momento , o que me dá uma angústia sem tamanho e por isso a minha preferência é pelo Google Reader.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

"O jornal (impresso) é sem graça."


Foi o que disse o jornalista Bruno Furtado, do site Superesportes - Portal UAI , durante uma conversa sobre a cobertura esportiva online com os estudantes do quarto período de Jornalismo da PUC Minas. O ex-aluno da Universidade trabalha no site desde 2000 e justifica que, atualmente,  ao contrário do que acontece na Internet (onde há possibilidade de criação de conteúdo ilimitado e de atualização instantânea), os veículos tradicionais, embora ainda importantes, não conseguem fazer uma cobertura completa dos acontecimentos.

As vantagens do jornalismo online não param por aí. Segundo Bruno, às vezes é frustrante para um jornalista recém-formado trabalhar com esportes no jornal impresso, mas não na web. "Estagiário de internet é repórter. Já no jornal, ele apenas apura algumas coisas." Para o jornalista, que trabalha em um site criado em 1998 a partir de um jornal impresso (Estado de Minas),  o jornalismo online é hoje um importante aliado do impresso. Os repórteres dos dois veículos saem juntos para apurar, e, "muitas vezes o repórter de impresso nem vai ao local, apenas resume as matérias do repórter de internet." Todavia, conforme Bruno, essa realidade abre margem para o que ele chama de "picaretas do esporte". Segundo ele, jornalistas de outros veículos sequer se dão ao trabalho de resumir as matérias e as publicam da mesma maneira com que as encontram na internet. "E a gente nem leva crédito por isso. É preciso acabar com esses picaretas do esporte."

Bruno Furtado conta ainda que no Superesportes, juntamente com um estagiário, ele chega a produzir até dezoito matérias por dia. E diz: "Eu gosto muito de ser jornalista, trabalhar com internet e com esporte, mas a gente não é valorizado (financeiramente). Às vezes dá vontade de jogar tudo pro alto." Ele faz essa ressalva devido ao fato de não haver hierarquia na web. Segundo ele, além de cobrir o Cruzeiro, ele também faz edição de matérias, cobre outros esportes e faz alguns trabalhos de produtor, embora não receba mais por isso.

Para quem gosta de esporte, vale a pena conferir o trabalho desse "multiprofissional". É inegável que os veículos impressos jamais conseguirão acompanhar o ritmo de produção e atualização de notícias dos sites e que a internet é, sem dúvida, um excelente meio de informação instantânea e de qualidade. No entanto, particularmente, ainda vejo graça nos jornais impressos. Graça e charme.